Observação Universal

"Quando alguém pergunta pro autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro." [Mário Quintana]

domingo

Viver deveria ser pleno

Muitas coisas entristecem um homem...
O deixa sem rumo, e sem vontade de viver...
Enchem a alma de aperto, e aquele nó na garganta assume o medo...
A vida traz momentos assim em doses pequenas, rápidas, longas, infinitas...
Aquela aflição que alimenta a dúvida da derrota,
Aquela angústia que nos impede de sentir o brilho do Sol e o calor da Lua...

A vida é complicada, porque ela não aperta pausas para estes momentos,
Enquanto choramos ou o leite derramado, ou o leite prestes a derramar...
a vida passa, as oportunidades se tornam escassas, os dias menores, e os passos mais lentos...

Ela não espera a dor passar, ela não espera muito menos a certeza, muito menos a razão...
A vida foi esculpida para viver...
Então... Porque acordar preocupado com o que pode acontecer, se podemos mudar?
Porque vivemos assim tão pela metade, com a simples arma nada infalível de presumir o fracasso?
Eu diria que o pior fracasso é o antecipado, a pior dor é a vazia e o pior medo é o da Vida...

A única conseqüência da vida é Viver... [pronto, falei!]

Pensamos nela como um suco gelado, num dia exaustivo de Sol...
Se você tomar de uma só vez, sua garganta ficaria inflamada, você só sentiria o gelado da temperatura, e pegaria uma gripe, perderia um tempo da vida, ou a vida por inteiro...
Se tomar de forma paulatina, ele ficaria morno, sem graça, e sem gosto...
Mas se tomar no tempo certo, aproveitando cada gole, ele seria prazeroso, refrescante e indescritível... [Simplesmente viver seria um alívio de estar plenamente Vivo]...

Então, se vir à preocupação: esquece...
Se sentir dor: supere...
Se passar pela cabeça o medo: Ignore...

O importante é viver naturalmente, com o medo, com a dor, com a vitória, com a derrota, com o não e o sim na mesma estrofe, mesmo se cair em contradição... Já dizia o poeta: essa metamorfose ambulante... [eu acrescento: Vida, essa metamorfose ambulante].

Porque os dias estão disponíveis para fazer acontecer...
E por mais “auto-ajuda” que seja: Faça acontecer!
O que vão pensar ,o que poderá acontecer ou te magoar?

Don’t worry!

sexta-feira

Já!

A pior palavra do dicionário é o DEPOIS... Como nós, pobres mortais ousamos usar esta palavra? Se nem a nós pertence o dia de amanhã... Se nem a nós é garantido o depois, como que o concedemos assim para a vida, para as coisas, para as pessoas? Depois é cruel. Mata a esperança, após alimentá-la de mentiras...
É venenoso, aos poucos rouba a fonte da vida: O tempo...
É covarde, ele pode ser um não tímido, ou um sim indeciso! Ele pode ser uma resposta reprimida pela falta de coragem: DEPOIS!
Soa fácil, a língua desliza, a consciência se acalma, e aquela sensação de missão cumprida se espalha em forma de adrenalina! E o depois se alastra, feito doença sem cura, e quando vemos: vivemos uma vida de DEPOIS, DEPOIS, DEPOIS!
Nada mais foi que: DEPOIS, e TUDO nada mais foi que NADA!
Viver deixando tudo para amanhã é desafiar a fúria do tempo, é desacreditar na força da vida, é diluir a coragem da alma, é não exercitar o poder de escolha, é deixar respostas paralelas à sua autonomia: Depois, será um sim, um não, um nunca... Quem sabe um dia?
Depois... Alguém ousa dizer depois para o dinheiro, para a luxúria, para a paixão? E para o amor? Depois... Seletivo, meramente espontâneo ou preguiçoso? Tanto faz, depois é que a gente vê...
Todavia Depois não adianta chorar, e nem mais deixar para depois, quando a vida passa, passou: e nem o Depois volta mais!
Muitos existem, deixando para depois a felicidade, os sonhos, os amores, os amigos, até mesmo a rotina... Mas poucos vivem e compreendem o valor do tempo: Palco desse espetáculo chamado Vida, onde o Show é agora!

domingo

Do lado errado do peito

O lado morno que ferve enganosamente
As pessoas passageiras, que por um instante achamos ser para sempre.
Os caminhos errados que levianamente foram maquiados com uma beleza inexistente e exagerada, e um palpitar duvidoso que saiu do peito em forma de incentivo...
Os amigos que juramos irmandade, e não passou de falsidade...
Os romances repentinos e hedônicos de certa emoção à flor da pele, que por engano juramos ser amor, e novamente palpitações mentirosas nos impulsionaram à acreditar no inexistente...
As escolhas que tomamos de forma segura, certos de que o que fizemos foi apenas seguir o coração...
Os palpitares suspeitos, que nos tiraram o fôlego e o sossego... e depois quase nos levou à morte...era tudo enganação.
Todos esses momentos vieram do lado errado do peito...
Minha alma reduz às lágrimas quando descubro que nem a dor ou a alegria vieram do coração...
Mas sim do lado [errado] do peito, onde nem o coração e nem o pulmão se hospeda, mas a inocência vive sozinha, como um peixe no oceano, pronto para morder a isca....
Do lado errado do peito eu me enganei, e fui enganada - É que esquecemos que a felicidade não vem do coração, vem da alma...
E confundimos palpitares de medo e ansiedade, com o palpitar da felicidade...
E depois disso,
O corpo chora!