Observação Universal

"Quando alguém pergunta pro autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro." [Mário Quintana]

sexta-feira

Já!

A pior palavra do dicionário é o DEPOIS... Como nós, pobres mortais ousamos usar esta palavra? Se nem a nós pertence o dia de amanhã... Se nem a nós é garantido o depois, como que o concedemos assim para a vida, para as coisas, para as pessoas? Depois é cruel. Mata a esperança, após alimentá-la de mentiras...
É venenoso, aos poucos rouba a fonte da vida: O tempo...
É covarde, ele pode ser um não tímido, ou um sim indeciso! Ele pode ser uma resposta reprimida pela falta de coragem: DEPOIS!
Soa fácil, a língua desliza, a consciência se acalma, e aquela sensação de missão cumprida se espalha em forma de adrenalina! E o depois se alastra, feito doença sem cura, e quando vemos: vivemos uma vida de DEPOIS, DEPOIS, DEPOIS!
Nada mais foi que: DEPOIS, e TUDO nada mais foi que NADA!
Viver deixando tudo para amanhã é desafiar a fúria do tempo, é desacreditar na força da vida, é diluir a coragem da alma, é não exercitar o poder de escolha, é deixar respostas paralelas à sua autonomia: Depois, será um sim, um não, um nunca... Quem sabe um dia?
Depois... Alguém ousa dizer depois para o dinheiro, para a luxúria, para a paixão? E para o amor? Depois... Seletivo, meramente espontâneo ou preguiçoso? Tanto faz, depois é que a gente vê...
Todavia Depois não adianta chorar, e nem mais deixar para depois, quando a vida passa, passou: e nem o Depois volta mais!
Muitos existem, deixando para depois a felicidade, os sonhos, os amores, os amigos, até mesmo a rotina... Mas poucos vivem e compreendem o valor do tempo: Palco desse espetáculo chamado Vida, onde o Show é agora!

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